terça-feira, 20 de outubro de 2009

PESQUISA SOBRE e-BOOK E e-PAPER

"e-book e-paper – novas possiblidades para o e-leitor "
Renata Maria
Aluna Especial do Mestrado em Educação/UFS

E-BOOK

Também conhecido como Eletronic Book, este livro eletrônico poder ser lido em computadores, PDAS e celulares que suportem esse recurso. Foi inventado por Michael Hart em 1971, o mesmo fundador do Projeto Gutenberg. Porém, somente por volta de 1998 foram lançados os primeiros dispositivos ou softwares de leitura digital chamados de e-books reader device.
Os padrões de e-books mais conhecidos são o Adobe Reader que pertence a ADOBE e o Microsoft Reader da Microsoft. Eles são protegidos por leis de direitos autorais, ou seja, não podem ser alterados, plagiados, distribuídos ou comercializados sem a expressa autorização do autor.
Com uma grande vantagem que é a portabilidade , permite que um leitor no Japão faça o dawnload (gratuito ou não) de livros digitalizados no Brasil, por exemplo. Essa acessibilidade ocorre graças à disponibilização de conteúdo pelos websites nacionais e internacionais. A exemplo disso temos o Google que cedeu meio milhão de clássicos digitalizados para os usuários do Reader realizarem suas consultas gratuitamente.
E-PAPER
Se constitui numa tela, como as de computador e é flexível como uma folha de papel. Essa nova tecnologia é rápida o suficiente para mostrar vídeos e pode ser utilizada para construir uma tela reflexiva com cores reais até duas vezes mais brilhante do que é possível com qualquer outra tecnologia.
Essa nova tecnologia de fabricação do "e-paper" foi batizada de electrowetting, ou eletroumectação, permitindo um controle e manipulação rápidos do movimento do fluido em escala micrométrica.
Sua eletroumectação baseia-se no controle do formato de uma interface confinada de água e óleo colorido, por meio de aplicação de uma tensão elétrica. Na ausência de tensão, o óleo colorido forma um filme plano entre a água e o eletrodo, que é recoberto por uma camada isolante e hidrofóbica. O resultado é um pixel colorido.
Ao aplicar uma tensão entre o eletrodo e a água, muda a tensão interfacial entre a água e o revestimento do eletrodo. Como resultado, o estado sobreposto não é mais estável, fazendo com que a água mova o óleo para o lado. Isto resulta em um pixel transparente ou, no caso de uma superfície branca ser utilizada como substrato, em um pixel branco.
Graças a pequena dimensão de cada pixel, o usuário tem a sensação de uma reflexão média, o que significa alto brilho e alto contraste, bases de uma tela reflexiva.
Sua grande vantagem está na rapidez com que os pixels podem ser alterados entre branco e colorido. Essa velocidade os torna capazes de apresentar imagens em movimento, inclusive filmes. Além disso, seu baixíssimo consumo de energia e baixa tensão de alimentação permitem que eles sejam construídos tão finos quanto um papel comum. A reflexividade e o contraste são iguais ou melhores do que aqueles apresentados por outros monitores reflexivos e se aproximam das características do papel comum impresso. Daí o nome de papel-eletrônico.
Esse papel eletrônico, ou ainda papel do futuro, posse ser molhado e amassado sem danos para as informações. Seu uso praticamente não requer o consumo de energia e suas informações podem ser carregadas e atualizadas sem limite de vezes.
CONCLUSÃO
Os objetivos do leitor continuam o mesmo, informar-se, desprender-se das amarras do desconhecimento, da desinformação, da alienação fugaz e subjacente.
É cabível, delegável e exequível aos recursos tecnológicos corroborar com o incentivo ao hábito de leitura, que de fato ocorre com a disponibilização (adequada) das informações, agora sob a égide de uma estrutura micro, porém com uma macro potencialidade.
Micro neste caso coaduna com a idéia de microcomputador, micro utilização de espaço, micro despesa com livros impressos nas impressoras (com o dispêndio de tinta, papel e desgaste do equipamento) e com obras originais ou cópias. Já o termo macro corresponde ao número de possibilidades tangidas por essa nova modalidade de leitura, que envolvem questões intelectuais, culturais e econômicas.
Já o eletronic paper ou e-paper, resultante de mais uma aspiração da tecnologia para promover o acesso aos livros, torna-se uma auspiciosa ferramenta de propagação da informação através desse dispositivo eletrônico que se parece com uma folha de papel e pode ser utilizado para ler textos previamente carregados na memória.
Prevendo a chegada de tais equipamentos nas escolas públicas, por exemplo, cujos índices de inaptidão aferidos pelos exames e pesquisas levam a um conclusão da inviabilidade da formação para a leitura, contemplar-se-á uma construção política e ideológica dos modelos educacionais condizentes com o uso desse aparato tecnológico. Afinal, sua usabilidade na rotina do leitor, denota a existência do leitor de fato, e não daquele que apenas paira sobre o conteúdo, para que não se reduza a um mero equipamento fadado a converter-se em sucata.
O acesso a tais meios de leitura vai de encontro ao investimento financeiro para disponibilizá-los à massa. Um investimento que perpassa os interesses públicos, pois é necessário que as editoras forneçam o material digitalizado, ou seja, a utilização na educação brasileira esbarra-se, também, na disponibilidade de conteúdos através desses meios.
Os Estados Unidos congregam um crescimento do mercado de livros virtuais, pois já há uma mobilização por parte do mercado editorial, do setor educacional e maciços investimentos financeiros voltados para essa demanda. Até mesmo parcerias começam a ser formadas entre instituições de ensino e editoras, de mãos dadas elas trabalham para explorar este potencial.
No Brasil, a cópia ilegal ou pirataria das obras didáticas, onde a cada três livros um apenas dois são originais, eleva o potencial do e-book para sanar dentre outros, mais esse problema.
O objetivo de promover mais uma forma de acesso à leitura de livros, jornais, revistas, além de outros, deve ser compreendido por toda a geração digital (migrantes ou nativos) que fazem parte dessa cultura que não desconstrói os nossos laços com o passado, se ergue também não sobre, mas na endogeneidade da sua existência. A desmaterialização do livro não ocorrerá para que nos agarremos aos e-books e e-papers como a uma nave que nos transportará para a realidade exclusivamente virtual. Faremos sim um paralelo na utilização das tecnologias (mais antigas e mais atuais) de acordo com a necessidade da nossa tarefa.
O porte de uma determinada ferramenta tecnológica não significa que devemos nos desarmar de tudo o que nos ampara até o presente momento. Temos mais um item, no nosso arsenal para a vivência cotidiana nesse mundo que não para de nos colocar em situação de combate, disputas paulatinas de poder. Um poder que segundo Foucault não está nas instâncias superiores, mas entranhado nos detalhes de todas as relações humanas.
Uma grande solução tecnológica seria a disseminação dessas tecnologias subsidiadas pela efetivação do papel da educação para entendê-las e explorá-las atingindo o objetivo da formação do cidadão intelectual e cultural, socialmente incluído na cibercultura.


BIBLIOGRAFIA

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VEM AI O E-PAPER... IMAGINA SÓ... Disponível em: <http://www.nominuto.com/blog/marketing-tal/vem-ai-o-e-paper-imagina-so/5755/ >. Acesso em 09 de junho de 2009 às 00:38;



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